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ISBN: 978-65-990561-3-0
Ano de publicação: 2023
Páginas: 480

 

R$ 59,90

 

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Entre a escravidão, tal qual representada por Jean Baptiste Debret em Negres scieurs de long (Negros serradores de tábuas - 1835), e a abolição, tal qual representada por François-Auguste Biard em L'abolition de l'esclavage dans les colonies françaises (A abolição da escravatura nas colônias francesas - 1849), existe uma busca por plena liberdade, por trabalho digno, por condição humana respeitada. A segunda pintura, embora não represente a abolição à brasileira, retrata a concretização de um sonho comum, esperado e esperançado após centenas de anos.

A liberdade conquistada, entre o final do XIX e início do XX, como bem sabemos, infelizmente geraria rachaduras que estão evidentes até hoje. Concretizou-se a abolição, nasceu a liberdade, persistiu a necessidade de resistência. Resistência esta que já caminha para seus 140 anos. Mas, como diz um trecho do prefácio de Gabriela dos Reis Sampaio (PPGH/UFBA): “nesta busca por recuperar as experiências sociais de trabalho vividas por esses sujeitos, Lucimar dialoga com uma tradição historiográfica que, desde os anos 1990, apontava para a necessidade de romper, na análise do mundo do trabalho, com a dicotomia entre trabalho escravo e trabalho livre.

Sua perspectiva não é apenas – o que já seria muito – a de documentar como homens e mulheres do período agregaram experiências do cativeiro na vida em liberdade. Bem mais ambiciosa, discute como o mundo capitalista urbano foi se formando e se definindo a partir da influência e das exigências destes trabalhadores.” 

Este livro de Lucimar Felisberto dos Santos, além de uma tese de doutorado escrita com rigor científico e com a mente de uma pensadora, é uma obra sonhada com o coração... o coração de uma mulher preta, cuja ascendência africana lhe deixara como herança, entre tantas histórias, o espírito e a coragem de lutar. Lutar por tudo que lhe é devido! Lutar por respeito, por espaços, por afirmação de identidades, por expressão da cultura, pelo direito ao trabalho, à escolha, a voz ativa, à justiça sobre aqueles que tentaram – e ainda tentam – roubar dos seus de ontem, de hoje e de amanhã, a liberdade para ser quem é, sem que isso volte a deixar cicatrizes.

     

            Sobre a autora:

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Lucimar Felisberto dos Santos é doutora em História Social do Brasil pela Universidade Federal da Bahia, com pós-doutorado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, mestrado e graduação em História pela Universidade Federal Fluminense. Pesquisadora do Grupo de Estudos de História da Educação Local (Ehelo), FEBF-UERJ; Professora das redes públicas municipais de educação de Duque de Caxias e Magé. É militante dirigente do Movimento Negro Unificado do Estado do Rio De de Janeiro, além de administradora e produtora de conteúdo da Plataforma Afrodiálogos. Seus principais temas de interesse são escravismos e processos abolicionistas, experiências sociais de crioulos, africanos e afro-descendestes, conformação do mercado de trabalho livre e assalariado, processos de racialização das relações sociais, pós-abolição, memórias e legados da escravidão, processos diaspóricos e pedagógica da Educação antirracista.